sábado, 11 de agosto de 2012

Mensurar



Promessas antes juradas não invadem mais nosso peito em alegrias cantadas. Tolas esperanças de escoam com o degelo da primavera. Flores desabrocham mais belas do que as que carregamos nas mãos. Metamorfose tardia, nos deixa a condição de ideais de lagartas, por queimar as mãos de quem nos ama.

No pomar não amadurecemos, apodrecemos de tão verdes. Preocupações e comportamentos mundanos. Por mais capazes que sejamos nos tonamos indignos do sorriso doce ao preço de julgamentos incertos. Ao passo que o tempo passa e deixamos de concretizar os mais singelos planos. Temor de um dia sermos grandes? Ou gigantes pela própria natureza com uma tendência grande a tropeços constantes?

Adaptáveis que somos, domamos nossos dias, ao passo que realidades doloridas nos fazem cicatrizar.  Sangrar não é opção, estamos ocos, sedentos por realidades paralelas. São impostas todos os dias, ansiosos por reinventar e sermos melhores em suma essência, acrescentando zeros no conteúdo de nossa alma. Mas não há como limitar o que não nos cabe mensurar.


Nenhum comentário:

Postar um comentário