Promessas antes juradas não invadem mais nosso peito em
alegrias cantadas. Tolas esperanças de escoam com o degelo da primavera. Flores
desabrocham mais belas do que as que carregamos nas mãos. Metamorfose tardia,
nos deixa a condição de ideais de lagartas, por queimar as mãos de quem nos
ama.
No pomar não amadurecemos, apodrecemos de tão verdes. Preocupações
e comportamentos mundanos. Por mais capazes que sejamos nos tonamos indignos do
sorriso doce ao preço de julgamentos incertos. Ao passo que o tempo passa e
deixamos de concretizar os mais singelos planos. Temor de um dia sermos
grandes? Ou gigantes pela própria natureza com uma tendência grande a tropeços
constantes?
Adaptáveis que somos, domamos nossos dias, ao passo que
realidades doloridas nos fazem cicatrizar. Sangrar não é opção, estamos ocos, sedentos por
realidades paralelas. São impostas todos os dias, ansiosos por reinventar e
sermos melhores em suma essência, acrescentando zeros no conteúdo de nossa
alma. Mas não há como limitar o que não nos cabe mensurar.
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