segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Refugio



Quero aforgar-me em seu pescoço. Assim me sentir em casa;
Sentir esse calor só seu, deixar a alegria inundar minha alma;
Ao teu lado e me sentir completo assim como o dia que te conheci.

A perspectiva dos seus sorrisos iluminando meu dia mais uma vez;
Acariciar sue rosto! Ciência que belas dádivas não me deixariam tão pasmado;
Sua voz faz-me nostalgias, ao cantarolar que seu seio e meu refugio.


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Degelo



Há momentos que percebemos que certas coisas não estão ao nosso alcance. Nos sentimos impotentes, pobre, sem perspectiva para o dia seguinte. Quando o sol nasce estamos vazios, ocos! Uma Boneca Russa, que em nossas muitas faces não conseguimos encontrar resposta para essa tristeza que nos desola em doses de momentos tortuosos.

Pessoas mostram conteúdos que jamais teríamos em nossa essência. Não precisa ser dito, a realidade nos vem como uma adaga fria na espinha. Quando pessoas a quem dedicamos nossos pensamentos se mostram interessadas em assuntos errantes e para nós resta somente silencio e desculpas cantadas como uma canção de ninar (Cale a boca?!). 

Dói! Por mais que tenhamos uma mente esclarecida, nos falta o conhecimento para manter nossos relacionamentos sadios, o desespero faz a imaturidade aflorar em nosso peito e cometemos erros que jamais cometeríamos se não gostássemos. Acabamos perdendo o que não tínhamos, e toda a admiração tão cobiçada não nos cabe mais, ela é dedicada aos nômades da mesma “estirpe”.

Acabamos por aceitar limitações, tortuoso para quem nunca antes teve barreiras, sempre disposto a se superar, surpreender... Fazer a diferença! Mas a frieza silenciosa fere mais que um forte tapa na cara. Nossas convicções caem por terra, não sabemos o que fazer, como ou quando agir.  Temores deixam de ser fantasia, desmatando nossas alegrias para nos habitar de incertezas e medos tolos.

Passamos por isso dado momento na vida, superamos, nos reinventamos. Covardes por deixar tremer ou humanos imperfeitos? Levantamos nossos escudos, tentamos nos proteger! Tarde demais. Já estamos colonizados. Nossa riqueza se foi, só nos resta o pouco decadente eu lírico a nos dizer coisas obsenas, doença em nossa alma, mata nossas esperanças. Sentimos nossos sonhos, o calor que nos deixa. Questionamos se um dia foi possível sermos o que inocentes crianças nos arriscamos a desejar. 

sábado, 11 de agosto de 2012

Mensurar



Promessas antes juradas não invadem mais nosso peito em alegrias cantadas. Tolas esperanças de escoam com o degelo da primavera. Flores desabrocham mais belas do que as que carregamos nas mãos. Metamorfose tardia, nos deixa a condição de ideais de lagartas, por queimar as mãos de quem nos ama.

No pomar não amadurecemos, apodrecemos de tão verdes. Preocupações e comportamentos mundanos. Por mais capazes que sejamos nos tonamos indignos do sorriso doce ao preço de julgamentos incertos. Ao passo que o tempo passa e deixamos de concretizar os mais singelos planos. Temor de um dia sermos grandes? Ou gigantes pela própria natureza com uma tendência grande a tropeços constantes?

Adaptáveis que somos, domamos nossos dias, ao passo que realidades doloridas nos fazem cicatrizar.  Sangrar não é opção, estamos ocos, sedentos por realidades paralelas. São impostas todos os dias, ansiosos por reinventar e sermos melhores em suma essência, acrescentando zeros no conteúdo de nossa alma. Mas não há como limitar o que não nos cabe mensurar.